Em alusão ao Dia Internacional da Síndrome de Down (T 21), celebrado internacionalmente hoje, a coordenação da I Jornada Pedagógica de Professores 2025, que aconteceu ontem e hoje no auditório da Secretaria Municipal de Educação (Semed), organizou um espaço para receber, acolher e celebrar as crianças que, acompanhadas pelos seus pais e responsáveis, vieram prestigiar e participar das brincadeiras oferecidas pela equipe da Semed.
“Nós não poderíamos deixar esta data tão especial, passar em branco. Então abrimos as portas da secretaria para as cerca de 28 crianças com Síndrome de Down que fazem parte da rede municipal de ensino e que acolhemos com muito carinho”, comentou a secretária municipal de educação, Keila Pedrosa.
A iniciativa foi aprovada pelos responsáveis do pequeno Henry, de 5 anos. “Este dia é muito importante e essa programação comemora e valoriza a criança. É fundamental que as pessoas entendam o quanto importa priorizar a inclusão e não ver as diferenças”, frisou o vigilante Adenirson Washington Oliveira.
Abraçando a causa e a campanha das famílias que têm pessoas com a síndrome, os servidores da Semed vieram com meias coloridas trocadas. “Assim aconteceu e o nosso público veio, juntamente com as nossas crianças – hoje temos 28 alunos no município com a Síndrome de Down e para homenageá-los, fizemos esta alusão à Síndrome”, explicou Andréa Pontes, servidora da Divisão da Educação Especial (DEE) da Semed, que conduziu a palestra sobre o tema durante o evento.
As meias trocadas simbolizam os cromossomos. A Síndrome de Down (SD) ou trissomia do cromossomo 21 é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular durante a divisão embrionária. Os portadores da síndrome, em vez de dois cromossomos no par 21 (o menor cromossomo humano), possuem três. Andréa comentou que, atualmente, as famílias das pessoas que têm a Síndrome estão se mobilizando pela alteração do nome. “Elas vêm achando que este termo é pejorativo, pelo fato do termo “Down” significar “baixo, inferior” e estão fazendo campanhas para que seja modificado para Trissomia 21 ou T21”, relatou. Durante o evento foram distribuídos folders, informando os termos certos como “pessoas com deficiência, Síndrome de Down ou T21”.
As pessoas com síndrome de Down têm características físicas semelhantes porque têm uma cópia extra do cromossomo 21. Essa alteração genética é conhecida como trissomia do cromossomo 21. Os portadores da síndrome vêm com características como atraso no desenvolvimento cognitivo, mas também com algumas características físicas comuns da síndrome, como: Olhos oblíquos (semelhantes aos dos orientais); rosto arredondado; orelhas pequenas; cabelo liso e fino; nariz pequeno e achatado; pescoço curto e grosso; mãos pequenas e com dedos curtos; prega única na palma das mãos; língua grande e baixa estatura.
Além das características físicas, a síndrome de Down pode causar problemas de saúde, como: defeitos cardíacos; problemas gastrointestinais; hipotonia, ou seja, diminuição do tônus muscular; atraso no desenvolvimento intelectual; maior risco de infecções, principalmente otites; maior risco de leucemias; tendência à obesidade e a doenças endócrinas, como diabetes e hipotireoidismo.
O diagnóstico da síndrome de Down é feito por meio de um exame genético. “É importante ressaltar que a diferença é só visível. Eles conseguem estudar, participar e até mesmo viver uma vida normal, até mesmo superando suas deficiências”, pontuou.
Texto: Lívia Alfaia / Ascom PMA
Fotos: Júnior Soares / Ascom PMA