INSS assegura aposentadoria especial a 7 profissões de risco com apenas 15 anos de contribuição

Michelly Araujo - diariodoxingu.com
31/03/2025 16h35 - Atualizado há 4 semanas
INSS assegura aposentadoria especial a 7 profissões de risco com apenas 15 anos de contribuição
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Milhares de trabalhadores brasileiros que enfrentam condições extremas em minas subterrâneas e outros ambientes de alto risco têm garantido o direito à aposentadoria especial pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esse benefício, que exige apenas 15 anos de contribuição e idade mínima de 55 anos, é voltado para sete profissões específicas, todas marcadas por exposição constante a agentes nocivos como poeira mineral, ruídos intensos e calor extremo. A medida reflete o compromisso da Previdência Social em proteger a saúde de quem atua em atividades insalubres, permitindo que esses profissionais deixem o mercado de trabalho antes que os danos físicos se tornem irreversíveis. Regiões como Minas Gerais e Pará, polos de mineração, concentram grande parte dos pedidos, evidenciando a relevância do benefício para o setor.

A aposentadoria especial abrange ocupações como britadores, carregadores de rochas e perfuradores, que lidam diariamente com poeira de sílica, vibrações de máquinas pesadas e temperaturas elevadas. Esses fatores aumentam o risco de doenças graves, como silicose e surdez ocupacional, justificando a redução no tempo de contribuição.

Com a digitalização do processo via Meu INSS, a solicitação do benefício ficou mais acessível, mas exige documentação rigorosa, como o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) e o Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT).

Profissões contempladas pelo benefício

Sete ocupações específicas foram confirmadas pelo INSS como elegíveis para a aposentadoria especial com 15 anos de contribuição. Todas estão ligadas a atividades em minas subterrâneas, onde os trabalhadores enfrentam condições adversas que comprometem a saúde a longo prazo.

O britador, por exemplo, atua na trituração de rochas em ambientes confinados, exposto a altas concentrações de poeira mineral. Já o carregador de rochas transporta materiais pesados em áreas com ventilação limitada, enquanto o cavouqueiro realiza escavações subterrâneas sob risco de desmoronamentos.

Outras funções, como o choqueiro, responsável pela segurança estrutural das galerias, e o operador de britadeira subterrânea, que maneja equipamentos de alta potência, também estão na lista. Completam o grupo o mineiro no subsolo e o perfurador de rochas em cavernas, ambos submetidos a calor intenso e gases tóxicos.

Riscos que justificam a aposentadoria precoce

Atuar em minas subterrâneas significa conviver com ameaças constantes à saúde. A poeira mineral, rica em sílica, é inalada diariamente e pode levar à silicose, uma doença pulmonar progressiva que compromete a respiração. Ruídos intensos, frequentemente acima de 100 decibéis, causam perdas auditivas irreversíveis, enquanto vibrações de máquinas pesadas desgastam articulações e músculos.

Profissões contempladas pelo benefício

Sete ocupações específicas foram confirmadas pelo INSS como elegíveis para a aposentadoria especial com 15 anos de contribuição. Todas estão ligadas a atividades em minas subterrâneas, onde os trabalhadores enfrentam condições adversas que comprometem a saúde a longo prazo.

O britador, por exemplo, atua na trituração de rochas em ambientes confinados, exposto a altas concentrações de poeira mineral. Já o carregador de rochas transporta materiais pesados em áreas com ventilação limitada, enquanto o cavouqueiro realiza escavações subterrâneas sob risco de desmoronamentos.

Outras funções, como o choqueiro, responsável pela segurança estrutural das galerias, e o operador de britadeira subterrânea, que maneja equipamentos de alta potência, também estão na lista. Completam o grupo o mineiro no subsolo e o perfurador de rochas em cavernas, ambos submetidos a calor intenso e gases tóxicos.

Riscos que justificam a aposentadoria precoce

Atuar em minas subterrâneas significa conviver com ameaças constantes à saúde. A poeira mineral, rica em sílica, é inalada diariamente e pode levar à silicose, uma doença pulmonar progressiva que compromete a respiração. Ruídos intensos, frequentemente acima de 100 decibéis, causam perdas auditivas irreversíveis, enquanto vibrações de máquinas pesadas desgastam articulações e músculos.


Esses elementos criam um ambiente onde o corpo é desafiado continuamente, tornando a aposentadoria especial uma medida essencial para evitar danos permanentes.

Principais agentes nocivos em destaque

Os trabalhadores dessas profissões enfrentam uma combinação de fatores que aceleram o desgaste físico. Veja os principais agentes nocivos:

  • Poeira mineral: Partículas de sílica causam silicose e pneumoconiose.
  • Ruído intenso: Sons acima de 85 decibéis danificam a audição.
  • Vibrações: Equipamentos pesados afetam articulações e circulação.
  • Calor extremo: Temperaturas elevadas levam à exaustão física.
  • Gases tóxicos: Compostos como monóxido de carbono são riscos em túneis.
  • Impactos na saúde dos trabalhadores

    Expostos a condições extremas, os profissionais de mineração subterrânea enfrentam riscos que vão além do imediato. A silicose, por exemplo, afeta cerca de 30% dos mineiros após anos de trabalho, reduzindo a capacidade respiratória e, em casos graves, levando à morte. A surdez ocupacional, resultado de ruídos constantes, compromete a qualidade de vida, enquanto o calor intenso, muitas vezes acima de 40°C, aumenta o estresse térmico e o risco de desidratação.

    Esses danos acumulados justificam a necessidade de um benefício que permita a saída precoce do mercado de trabalho. A legislação reconhece que prolongar a carreira nessas condições seria inviável, tanto para o trabalhador quanto para o sistema de saúde pública, que acaba sobrecarregado com o tratamento de doenças ocupacionais.

    A aposentadoria especial, nesse contexto, funciona como uma ferramenta de prevenção, reduzindo a exposição prolongada e os custos associados a problemas de saúde crônicos.

    Requisitos para garantir o benefício

    Solicitar a aposentadoria especial exige atenção a critérios rigorosos estabelecidos pelo INSS. Além dos 15 anos de contribuição em atividades de alto risco, o trabalhador precisa atingir 55 anos de idade e comprovar exposição contínua a agentes nocivos, sem interrupções significativas.

    A documentação é o ponto central do processo. O PPP, emitido pelo empregador, detalha as condições do ambiente de trabalho, enquanto o LTCAT especifica os riscos presentes, como níveis de ruído ou presença de substâncias químicas. Sem esses documentos, o pedido pode ser negado, o que reforça a importância de as empresas fornecerem registros precisos.

    Para trabalhadores que começaram antes da Reforma da Previdência de 2019, há ainda a opção da regra de transição, que soma idade e tempo de contribuição em um sistema de pontos.

    Como a regra de transição funciona

    Quem já atuava em atividades especiais antes de 13 de novembro de 2019, data da Reforma da Previdência, pode se beneficiar de uma regra de transição mais flexível. Nesse caso, o INSS utiliza um sistema de pontos que combina idade e tempo de contribuição.

    Para profissões de alto risco, como as sete contempladas, são necessários 66 pontos e 15 anos de atividade especial. Um trabalhador de 51 anos com 15 anos de contribuição, por exemplo, alcança 66 pontos e pode se aposentar imediatamente. Já para riscos médios e baixos, os requisitos sobem para 76 e 86 pontos, com 20 e 25 anos de atividade, respectivamente.

    Essa alternativa facilita o acesso ao benefício para veteranos do mercado, reconhecendo o tempo já dedicado a condições insalubres.

    Novas exigências após a reforma

    Após a Reforma da Previdência, as regras mudaram para quem ingressou no mercado depois de 2019. Agora, além do tempo de contribuição, há uma idade mínima fixa. Para as sete profissões de alto risco, o requisito é 55 anos e 15 anos de atividade especial.


    Fonte: mixvale


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