Dia do autismo: saiba os primeiros sinais e como é feito o diagnóstico

Celebrado anualmente em 2 de abril, o Dia Mundial do Autismo foi criado pela Organização das Nações Unidas em 18 de dezembro de 2007

02/04/2025 07h52 - Atualizado há 3 semanas

Hoje, 2 de abril, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, uma data criada para ampliar o conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e reforçar a importância do diagnóstico precoce. O TEA é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e pode envolver comportamentos repetitivos ou restritos.

Além disso, o TEA se reflete na comunicação e na maneira como a pessoa interage dentro das expectativas sociais. “Os sinais podem surgir de diferentes formas e intensidades, dependendo do meio em que o indivíduo está inserido”, complementa a psicóloga Laís Rodrigues, que atua em São Paulo.

Primeiros sinais na infância

Os primeiros indícios do autismo podem ser percebidos ainda na infância. De acordo com Laís, os sinais mais comuns incluem:

  • Dificuldade ou ausência de contato visual;
  • Atraso no desenvolvimento da fala ou ausência total dela;
  • Falta de resposta ao ouvir o próprio nome;
  • Movimentos repetitivos, como balançar o corpo ou as mãos;
  • Agressividade, principalmente quando a criança não recebe suporte adequado para lidar com situações estressantes ou dificuldades na comunicação.

Níveis do autismo

O autismo é classificado em diferentes níveis conforme a necessidade de suporte da pessoa. “Essa diferenciação está relacionada às demandas para atividades fundamentais, como alimentação, autocuidado e comunicação”, explica Nárrina. Ela destaca que algumas pessoas autistas dos níveis 2 e 3 podem necessitar do uso da Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) para facilitar a interação.

“O TEA é um espectro, então uma pessoa classificada como nível 1 pode apresentar comportamentos associados ao nível 3 em determinadas situações. Por isso, é essencial um acompanhamento especializado”, enfatiza.

O diagnóstico O diagnóstico do autismo envolve a observação clínica e a análise da história de vida da pessoa. “Temos diferentes escalas para mensurar comportamentos, mas o diagnóstico ainda é baseado na avaliação dos prejuízos nas interações sociais, comportamentos estereotipados e formas atípicas de aprendizagem”, afirma Nárrina.

O processo diagnóstico envolve profissionais como psicólogos, terapeutas ocupacionais e neurologistas. O acompanhamento especializado é essencial para garantir que a pessoa autista receba o suporte adequado e possa desenvolver suas habilidades dentro de suas particularidades.


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