Rastreabilidade individual do rebanho: entenda como o Pará se torna o pioneiro no País

Com foco em sustentabilidade e transparência, o Pará lidera a implementação da rastreabilidade individual de bovinos no Brasil, monitorando os animais do nascimento ao abate

30/01/2025 10h59 - Atualizado há 1 mês
Rastreabilidade individual do rebanho: entenda como o Pará se torna o pioneiro no País
Reprodução

O Pará, dono do segundo maior rebanho bovino do Brasil, com mais de 27 milhões de cabeças, está revolucionando a pecuária nacional com a implantação do sistema de rastreabilidade individual dos animais. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes.

Desde 2023, o estado rastreia bovinos e bubalinos desde o nascimento até o abate, tornando-se pioneiro na adoção de uma tecnologia que visa monitorar cada indivíduo do rebanho.

Segundo Bárbra Lopes, médica-veterinária e gerente de rastreabilidade da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), a meta é identificar todo o rebanho paraense até dezembro de 2026.  

A rastreabilidade no Pará foi instituída por decreto estadual dentro do Programa de Pecuária Sustentável, que se baseia em três pilares, sendo um deles o monitoramento individual dos animais.

Ela não apenas atende às exigências dos mercados internacionais, como da União Europeia, mas também acompanha uma tendência crescente entre consumidores que demandam sustentabilidade e informações sobre a origem dos alimentos.

O sistema desenvolvido pelo Pará utiliza a numeração oficial “076”, equivalente a um “CPF animal”, garantindo a identificação e rastreabilidade de cada indivíduo. Diferentemente do SISBOV, que se aplica principalmente a animais para exportação, o novo modelo paraense abrange todo o ciclo produtivo.

A gerente da Adepará reforça que a implementação do sistema beneficiará a gestão dos pecuaristas, além de evitar questionamentos sobre a qualidade e origem da carne brasileira no mercado global.

“O Pará está mostrando que é possível liderar a pecuária sustentável em um território com desafios únicos, como o bioma amazônico”, explica Bárbra Lopes.  

 


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