PF desarticula organização criminosa investigada por furtar cargas; prejuízo supera R$ 35 milhões

18/02/2025 12h36 - Atualizado há 3 semanas
PF desarticula organização criminosa investigada por furtar cargas; prejuízo supera R$ 35 milhões
Reprodução

A Polícia Federal (PF) realizou  nesta terça-feira (18) a operação 'VAR', para desarticular e combater uma organização criminosa especializada em furtos de cargas e encomendas no Pará.

De acordo com a corporação, são cumpridos 42 mandados de prisão e 49 mandados de busca e apreensão no municípios paraenses de Ananindeua, Belém, Benevides, Bragança, Capitão Poço, Castanhal, Marituba, Moju e Igarapé-Açu; além de Maracaçumé, no Maranhão.

As investigações apontaram que os crimes eram cometidos contra os Correios. A PF contou com o apoio da empresa por meio dos setores de segurança e inteligência corporativa, tanto no Pará quanto em Brasília.

Segundo a Polícia, os prejuízos aos cofres públicos, pagos a título de indenizações, desde 2019, superam R$ 35 milhões. Veículos, celulares, TVs, relógios, um drone e outros eletrônicos, dinheiro em espécie e armas.

Como o esquema funcionava

Dentre os alvos de prisão, há 29 motoristas e ex-motoristas, que eram contratados por empresas terceirizadas que prestam serviços para os Correios, com rotas entre São Paulo e Belém e São Paulo e Marabá, no sudeste paraense.

Os Mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Pará, que também determinou a suspensão das atividades de lojas que recebiam as cargas furtadas e o bloqueio judicial de valores nas contas dos investigados.

As investigações também apontaram a existência de um esquema de receptação e distribuição destes itens. Por isso, também foram realizadas buscas e apreensões em seis lojas de aparelhos eletrônicos, as quais devem suspender as atividades comerciais. Além disso, os proprietários também foram presos preventivamente.

De acordo com a polícia, um dos alvos de prisão já havia sido preso em 2021 pelo mesmo crime de receptação de cargas roubadas. Nesta operação, ele teve duas de suas lojas, com suspeita de serem usadas para o crime, fechadas pela PF.


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