Genial/Quaest: Lula lidera em todos os cenários de segundo turno da eleição de 2026, diz pesquisa

O levantamento ouviu 2.004 pessoas, com 16 anos ou mais, e margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos

O presidente Lula (PT) lidera a preferência dos eleitores na corrida eleitoral de 2026 em todos nove cenários traçados pela Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (18). A vantagem do petista variou de de sete até 19 pontos percentuais.

A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 12 e 14 de setembro e ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Em um eventual segundo turno, Lula vence o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) por oito pontos percentuais, com o placar de 43% a 35%, o mesmo registrado em agosto.

Apenas contra o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) o placar de Lula é mais estreito do que contra Tarcísio: 40% a 33% – uma vantagem de sete pontos percentuais. Foi a primeira vez que Quaest incluiu Ciro nos cenários de segundo turno na pesquisa.

No embate contra Bolsonaro (inelegível), a vantagem do petista é de 13 pontos percentuais, com 47% das intenções de voto para Lula e 34% para o ex-capitão. Em relação a agosto, Lula manteve o percentual, enquanto Bolsonaro, que tinha 35%.

Segundo a pesquisa, 76% dos entrevistados consideram que Bolsonaro deve apoiar outro candidato, dado 11 pontos percentuais acima do percentual de agosto, de 65%. Quarenta e nove por cento dos eleitores ainda afirmaram que têm mais medo da volta do ex-capitão ao poder — dado acima dos 47% de agosto. Enquanto isso, o percentual dos entrevistados que têm mais medo de Lula continuar no poder passou de 39% para 41%.

Contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), por exemplo, a diferença chega a 15 pontos (47%x32%); e contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) o placar é favoravel para o petista em 18 pontos percentuais: 47% a 29%. Ambos registraram queda na preferência de voto na comparação com a edição de agosto. Eduardo tinha 32% das intenções de voto e passou a ter 29%. Enquanto isso, Michelle tinha 34% e perdeu dois pontos percentuais.

Na disputa com o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), o placar é de 44% a 32%, com 12 pontos percentuais de vantagem para Lula. E, contra os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), as vantagens para Lula são, respectivamente, de 15, 19, 13 pontos percentuais.

O percentual de indecisos oscilou entre 2% e 4% e o de brancos e nulos variou de 17% a 25%, segundo o levantamento.

Espontânea

Na pesquisa espontânea, o nome de Lula oscilou positivamente mais uma vez e aparece com 18% das intenções de voto, em alta gradual que vem desde março, quando o o presidente tinha 9%.

O percentual de indecisos é de 68%, percentual estável em relação às duas edições anteriores. Enquanto isso, Bolsonaro teve 6% as respostas, resultado do terceiro recuo consecutivo, Tarcísio teve 2% das respostas, com oscilação positiva de um ponto percentual. Ciro Gomes obteve 1% das intenções de voto. Michelle e Ratinho não foram citados.

A candidatura do presidente Lula continua tendo opinião contrária da maioria dos entrevistados, com resultado estável em relação às duas pesquisas anteriores. São 59%, contra 58% em agosto e julho. Outros 39% dizem que o candidato deve ser Lula.

Mas, caso o presidente não se candidate à reeleição, o preferido para substituí-lo é o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSD), com 9%. São 8% os que não aprovam nenhum dos nomes apontados até agora. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve 5% das respostas – menos do que a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (6%).

De acordo com a pesquisa, se o ex-presidente não conseguir reverter a inelegibilidade, o candidato preferido dos entrevistados para substituí-lo continua sendo Tarcísio de Freitas, que aparece com 15% das respostas. No entanto, esse percentual é menor do que os 28% que escolheram a opção “nenhum desses”, indicando que ainda não se consideram representados por nenhum dos nomes na corrida eleitoral.