Orla do Cais de Altamira ganha dois monumentos em homenagem ao Festival de Cultura e Jogos Indígenas do Xingu

Principal ponto turístico de Altamira, a Orla do Cais recebeu dois monumentos que marcam o Festival de Cultura e Jogos Indígenas do Xingu, evento inédito que reuniu mais de 900 indígenas de 14 etnias e atraiu um público total de 52 mil pessoas entre os dias 16 e 20 de julho. Eles foram inaugurados, no domingo (20), pelo prefeito da cidade, Dr. Loredan, da vice-prefeita, Thais Nascimento, da primeira-dama, Paola Abucater, de lideranças indígenas, dos deputados federais, José Priante e Junior Ferrari, de secretários de governo, vereadores e da população altamirense.

Os monumentos foram desenhados pela primeira-dama de Altamira, Paola Abucater e executados pelo artista plástico Denisvaldo Federicci de Lima.

Com cerca de 5,5 metros de altura e pesando aproximadamente três toneladas, o Monumento Indígena presta tributo direto às 14 etnias participantes do festival. A escultura retrata de forma imponente um guerreiro indígena em posição de ataque, armado com arco e flecha, voltado para o horizonte sobre as águas do Rio Xingu.

A estátua está instalada em um mirante circular com guarda-corpo vermelho, situado à beira de um barranco e cercado por vegetação nativa, em um ponto estratégico de contemplação da paisagem natural.

A figura do guerreiro exibe detalhes simbólicos: saiote tradicional, enfeites nas pernas, colares de miçangas e um cocar com penas nas cores azul e vermelha. Seus braços tensos, prontos para o disparo da flecha, trazem pinturas corporais indígenas, representando a identidade cultural e a força dos povos originários. O arco vermelho com flecha preta simboliza a defesa do território, a ancestralidade e o espírito de resistência indígena.

O segundo monumento é uma Pira Olímpica de estilo contemporâneo, instalada à beira do rio em uma área de contemplação com vista privilegiada. A estrutura, com cerca de 6,80 metros de altura, é composta por uma torre vertical em metal e placas cimentícias, em tons neutros com detalhes em marrom e branco.

No topo da torre, a chama olímpica — acesa no momento da inauguração — representa a união dos povos e o espírito de celebração e competição dos Jogos. Na parte frontal da estrutura, grafismos inspirados na arte indígena reforçam a identidade cultural amazônica.

Ao lado da pira, dois arcos metálicos curvos formam uma moldura escultural e simbólica, remetendo ao movimento do disparo de uma flecha ou ao ciclo da vida. O monumento está cercado por um mirante circular com guarda-corpo de madeira.

“Esses monumentos são símbolos de valorização da nossa cultura, dos nossos povos, do fortalecimento e da resistência deles. A nossa região vem a cada desenvolvendo no turismo e nós iremos fazer não só esse, mas outros monumentos e pontos turísticos em Altamira”, relatou a primeira-dama, Paola Abucater.

Homenagem

Além do evento, o monumento homenageou o ex-prefeito de Altamira, Armindo Denardin (in memorian), que faleceu na última sexta-feira, 18 de julho. Armindo foi empresário e prefeito de Altamira entre os anos de 1989 e 1992.

“Armindo foi um prefeito que marcou com muito trabalho, mas acima de tudo com gestos, porque pra ser político tem que gostar de gente. Ele é um espelho pra mim para desenvolver esse grande trabalho social e de obras pelo município. Então essa é uma justa homenagem a esse homem que fez toda a diferença para nosso município”, afirmou o prefeto Dr. Loredan.

“Esse momento é gratificante porque é um reconhecimento por tudo o que ele fez pela cidade. Ele veio para Altamira, ele foi um desbravador, ele amava essa cidade, tanto que ele cresceu aqui e voltou para cá. Na partida dele ele escolheu ser enterrado em Altamira, porque era a cidade do coração dele. Esse monumento ficará representado para a cidade, que quando tiverem alguma referência vão falar: “o prefeito Loredan e a Paola fizeram uma linda homenagem ao ex-prefeito Armindo Denardin, que foi um grande gestor da nossa cidade”, agradeceue Giovana Coldebella, sobrinha de Armindo Denardin.