População apresenta propostas para tornar Altamira mais verde e sustentável

Durante o ‘I Encontro Altamira Verde e Sustentável’, a população contribuiu com diversas propostas voltadas para a preservação ambiental, justiça climática e fortalecimento da produção rural.

 As ideias surgiram a partir de oficinas temáticas que reuniram moradores, associações comunitárias, instituições de ensino e representantes do poder público.

Oficina 1 – Altamira Verde: Reflorestamento e Biodiversidade

As propostas destacam a criação de praças e parques, reflorestamento de áreas degradadas e fortalecimento da arborização urbana. Entre as sugestões, estão:

– Construção de uma praça no bairro Mutirão em parceria com a Escola João Rodrigues;
– Arborização das escolas municipais e incentivo a árvores frutíferas nos calçamentos;
– Requalificação do parque do igarapé Altamira como espaço de lazer, esporte e cultura;
– Criação de corredores verdes conectando áreas urbanas e rurais;
– Implantação do Ônibus Verde de Educação Ambiental;
– Programas de capacitação em jardinagem, coleta de sementes e viveiros comunitários;
– Formação continuada para professores e servidores municipais em práticas de educação ambiental.

Oficina 2 – Planejamento Participativo e Justiça Climática

A oficina tratou de políticas públicas para reduzir vulnerabilidades e ampliar a participação da comunidade. As propostas incluem:

– Monitoramento de áreas de risco e sinalização de zonas alagáveis;
– Planos de lazer acessíveis, com mais praças e parques;
– Criação da Casa Ambiental, espaço para orientação, acesso a mudas e informações sobre políticas ambientais;
– Preservação das APPs, requalificação da drenagem urbana e plano de evacuação em áreas de enchente;
– Incentivo a telhados verdes, hortas comunitárias e quintais agroecológicos;
– Rediscussão do sistema de abastecimento de água e ampliação de caixas d’água em bairros periféricos.

Oficina 3 – Conectando Campo e Cidade: Produção Sustentável e Segurança Alimentar

Nesta etapa, o foco foi o fortalecimento da agricultura familiar e a aproximação entre produtores rurais e consumidores urbanos. Entre as ideias levantadas estão:

– Incentivo à regularização fundiária e ambiental das pequenas propriedades;
– Capacitação de agricultores no uso de máquinas e tecnologias sustentáveis;
– Criação de aplicativos e ampliação da internet no campo para facilitar a comercialização;
– Feiras de produtores em bairros estratégicos, com foco na acessibilidade;
– Reforma agrária estruturada com acesso à educação, saúde e mobilidade;
– Fortalecimento da fiscalização ambiental e escuta participativa para mediação de conflitos fundiários.

O encontro foi o maior evento climático do interior do Pará e aconteceu entre os dias 17 e 19 de setembro. O evento reuniu especialistas, gestores públicos, ribeirinhos, indígenas, pesquisadores e a sociedade civil em um espaço de diálogo e construção coletiva, com ações práticas que vão desde o reflorestamento até a segurança hídrica e alimentar. As propostas agora seguem para sistematização e poderão subsidiar políticas públicas municipais.

“Tivemos palestras, nas quais nós conseguimos trazer soluções, experiências e vivências de várias culturas, apresentações culturais em que a cultura e o ambiente caminham juntas e, com isso, tivemos também a Feira da Sociobioeconomia, estimulando os empreendedores nas atividades econômicas no desenvolvimento sustentável. Experiências riquíssimas na Sala da Sustentabilidade, com os alunos das escolas, das instituições públicas de ensino e privada, com isso reforçando o compromisso do governo ‘Renovação União e Trabalho’, cuidando cada vez mais da população altamirense e também fazendo com que a Altamira seja um município modelo em gestão ambiental e em resiliência climática”, destacou Rafael Oliveira, secretário da Gestão do Meio Ambiente.

O “I Encontro Altamira Verde e Sustentável – Cidade Viva e Territórios Conectados” foi uma realização da Prefeitura de Altamira, por meio da Secretaria Municipal da Gestão do Meio Ambiente (Semma) e conta com o apoio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), do Ministry of Foreign Affairs, da Cooperação Alemă Deutsche Zusammenarbeit, do Confinanciado pela União Europeia, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam), da Avalia Soluções e do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária.