A ação faz parte do projeto de voluntariado Tartarugas do Xingu, promovido pela Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio).
Durante a atividade, os alunos participaram de todas as etapas: escavação dos ninhos na areia, coleta e soltura dos filhotes no rio, sempre acompanhados por biólogos e professores.
Entre os participantes, Vitor Gabriel, aluno do 9º ano da escola Bom Jesus, descreveu sua emoção ao vivenciar a experiência. “Eu estou muito feliz, porque tenho o privilégio de ver isso aqui no lugar onde moro. Essa é a terceira vez que participo. A gente colocou mais de 300 filhotes na caixa e fiquei olhando: ‘Caramba, a natureza é perfeita’”, relatou o estudante, com os olhos brilhando.
Primeira participação de estudantes
Esta é a primeira vez que o projeto Tartarugas do Xingu envolve alunos de escolas da região do Tabuleiro do Embaubal como voluntários. A iniciativa busca sensibilizar as novas gerações sobre a importância das tartarugas para o equilíbrio do bioma e conscientizar sobre os impactos da caça predatória.
“O encontro entre os conhecimentos dessas crianças, que vivem na beira do rio, e a ciência que utilizamos para proteger os quelônios é de uma riqueza enorme. Ficamos realizados em perceber que isso aumenta o sentimento de pertencimento e proteção da biodiversidade amazônica”, ressaltou Roberto Silva, gerente de Meios Físico e Biótico da Norte Energia.
Resultados do projeto
O Tartarugas do Xingu faz parte do Programa de Conservação e Manejo de Quelônios da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Desde 2011, o programa já devolveu mais de 7 milhões de filhotes à natureza.
Em 2024, o monitoramento identificou 1.748 ninhos de três espécies. As atividades começaram em agosto, com o acompanhamento da reprodução, e seguiram até o final de novembro, período da desova.
A eclosão dos ovos teve início em dezembro e, até agora, mais de 269 mil filhotes foram liberados nas 20 praias do Tabuleiro do Embaubal. O trabalho continua até o final de janeiro.
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