Faltam 89 dias para a COP30: Belém e municípios vizinhos aceleram preparativos

A contagem regressiva já começou: faltam apenas 89 dias para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas — COP30, que acontecerá entre 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. O evento deve receber cerca de 50 mil participantes, entre chefes de Estado, delegações internacionais, cientistas, ativistas e representantes da sociedade civil de mais de 190 países.

A capital paraense vive uma intensa transformação para receber o encontro climático. Obras de infraestrutura, como novas vias de acesso, melhorias no transporte público, ampliação da rede hoteleira e modernização de espaços de eventos, estão em ritmo acelerado. Entre os destaques está a Avenida Liberdade, projetada para facilitar a mobilidade durante o evento, com ciclovias, iluminação solar e passagens de fauna.

Os preparativos não se limitam à capital. Municípios vizinhos como Ananindeua, Marituba e Benevides, que compõem a Grande Belém, além de cidades turísticas e estratégicas como Mosqueiro, Soure e Salvaterra, também se mobilizam para receber visitantes. Muitos hotéis e pousadas nessas localidades já estão com reservas praticamente esgotadas, beneficiando o comércio, o setor de serviços e a economia local.

Com a alta demanda e o número limitado de vagas na rede hoteleira da Grande Belém, outras cidades paraenses mais distantes, como Altamira, também serão utilizadas para hospedagem de participantes. A expectativa é que o município receba delegações e equipes de apoio, aproveitando sua estrutura hoteleira e a localização estratégica no Xingu para abrigar parte dos visitantes que irão circular pela região durante a conferência.

Além da logística, há uma agenda intensa de mobilização social. Organizações e coletivos locais trabalham para garantir que comunidades amazônicas e povos tradicionais tenham voz no evento. A programação oficial contará com “Dias Temáticos”, abordando assuntos como adaptação climática, preservação de florestas, energia limpa, agricultura sustentável e justiça social.

Com menos de três meses para o início, Belém, a região metropolitana e municípios como Altamira vivem um momento histórico, que deve colocar a Amazônia no centro das discussões globais sobre o clima e gerar impactos econômicos e sociais que vão muito além do período da conferência.

Redação do Diário do Xingu