Festival Chocolat Xingu fortalece pequenos produtores e transforma a realidade do cacau na Transamazônica

Durante os três dias de programação, milhares de pessoas passaram pelo espaço do evento, que contou com música ao vivo, praça de alimentação, exposição e venda de produtos derivados do cacau, além de cursos, oficinas e degustações.

Michelly Araujo

Mais do que um evento gastronômico, o Festival Internacional do Chocolate e Cacau – Chocolat Xingu se consolida como uma verdadeira plataforma de transformação econômica e social para a região da Transamazônica. Realizado em Altamira, o festival conecta o sabor do cacau à força dos produtores locais, promovendo oportunidades, capacitação e visibilidade a quem vive da terra.

Durante os três dias de programação, milhares de pessoas passaram pelo espaço do evento, que contou com música ao vivo, praça de alimentação, exposição e venda de produtos derivados do cacau, além de cursos, oficinas e degustações. Foi um ambiente vibrante, que uniu cultura, negócios e o fortalecimento da agricultura familiar da região.

O evento movimenta a economia local, atrai visitantes de diversos municípios e traz oportunidade direta para pequenos produtores, artesãos e empreendedores. A geração de renda é percebida não só durante os dias de feira, mas também nos negócios que se consolidam a partir da visibilidade conquistada.

Com apoio técnico e incentivo de instituições como o Sebrae, produtores vêm evoluindo em áreas como regularização, marca, embalagem e acesso ao mercado. 

A gente trabalha para que o produtor alcance novos mercados, inclusive o internacional. A COP 30, por exemplo, já é uma realidade e muitos empreendedores que estão no festival estão se preparando para ela”, explica Rosiane Amorim, coordenadora do Sebrae Altamira.

A cada edição, o festival impulsiona sonhos e fortalece negócios, como o de Fábio Nascimento, que começou com bombons e hoje emprega 16 pessoas. Ou de Leila Chaves, que saiu de Anapu para participar pela primeira vez do evento e já planeja lançar novos produtos. “Isso aqui é uma bagagem que eu levo pra vida”, resume Leila.

O Chocolat Xingu é, portanto, mais que uma feira, é um espaço de pertencimento, orgulho e futuro. Uma vitrine para mostrar que o cacau da Amazônia tem nome, rosto e sabor de quem cultiva com coragem, história e amor.